Scott Snyder e James Tynion IV escrevem o evento que tem Batman no centro
Fonte: Omelete
A DC Comics anunciou dia 20-03-2017 um novo evento que vai afetar as principais séries da sua linha de títulos. É Dark Days, colaboração dos roteiristas Scott Snyder e James Tynion IV - ambos saídos das bat-séries - com desenhos de Jim Lee, Andy Kubert e John Romita Jr. A trama começará com dois especiais, Dark Days: The Forge em 14 de junho e Dark Days: The Casting em 12 de julho. Veja o preview:
Os especiais vão explorar um mistério que "revelará o âmago sombrio do Universo DC", diz a editora. O evento em si começará logo depois dessas duas HQs. "Esse mistério vai até a época em que eu comecei a escrever Batman, e teve easter eggs e dicas pelo caminho todos esses anos", diz Snyder, que escreveu a série do Homem-Morcego a partir de 2011, no início dos Novos 52 - não por acaso, quando a editora reviu toda a cronologia do seu universo de heróis.
A capa de The Forge sugere que Batman está no centro do evento, e Snyder confirma que Dark Days já está sendo desenvolvido há anos pelo escritor. "Este é um mistério que literalmente começa com o amanhecer da humanidade e passa por gerações de heróis e vilões, levando a revelações gigantes sobre o passado, o presente e o futuro da cosmologia da DC", diz. Se esse evento for o mesmo que Snyder dizia estar desenvolvendo com Batman, podemos esperar uma trama "celebratória, enorme e insana" que não se resumirá a heróis versus heróis.
Fica a dúvida de como essa trama cruza com a promessa da DC de revelar, neste primeiro semestre, o mistério de Watchmen no reboot dos Novos 52. Ainda hoje a DC deve soltar suas prévias para junho e mais novidades devem sair em breve.
Roteiro: SCOTT SNYDER e JAMES TYNION IV
Arte: JIM LEE, ANDY KUBERT, JOHN ROMITA JR. e outros
Capa: JIM LEE e SCOTT WILLIAMS
Capas Variantes: ANDY KUBERT, JOHN ROMITA JR.
Arte: JIM LEE, ANDY KUBERT, JOHN ROMITA JR. e outros
Capa: JIM LEE e SCOTT WILLIAMS
Capas Variantes: ANDY KUBERT, JOHN ROMITA JR.
A ESCURIDÃO CHEGA AO UNIVERSO DA DC COM O MISTÉRIO DE THE FORGE! Aquaman, Flash e mais super-heróis do panteão da DC suspeitam de que Batman esconde um segredo sinistro que pode ameaçar a própria existência do Multiverso! É um épico que vai se estender por gerações – mas como ele se conecta às origens de um dos heróis mais lendários da DC?
Fonte: Terra Zero:
Trata-se de um prólogo, escrita de forma competente por Snyder e James Tynion IV e possui diversas referências a momentos da cronologia do Universo DC. Logo de cara podemos trazer a Crise nas Infinitas Terras a essa discussão, já que este é um dos primeiros easter eggs a aparecer – e um dos mais significativos. A palavra Crise tornou-se sinônimo de eventos importantes no Universo DC toda vez que é evocada, e em Metal não é diferente. Um dos Imortais até a pronuncia em determinado momento da HQ.
A torre que o Batman acessa através de uma instalação sua na Fortaleza da Solidão é originária da Crise nas Infinitas Terras. Ela é conhecida por ser um artefato cósmico, uma estrutura construída por um dos Monitores (na época só havia um, como bem sabemos) para combater a destruição provacada pelo Anti-Monitor – uma dessas também foi construída por Alexander Luthor (da Terra-3) durante a saga Crise Infinita (de 2005).
Já que o Multiverso da DC é composto por Terras alternativas que vibram em frequências diferentes, o Batman coletou esta torre justamente para descobrir a frequência vibracional do Multiverso Sombrio que ele descobriu. Isso aconteceu com a ajuda do Sr. Incrível – com as idas e vindas dele à Terra 2, partículas vibracionais desta frequência puderam ser obtidas por eles. O encontro entre eles para falar sobre isso acontece na Batcaverna. Lá descobrimos, pouco depois, que Batman mantém escondidos o Homem-Elástico e o Coringa!
Aliás, vamos explicar isso melhor: nossa descoberta sobre o Coringa acontece em um momento cronológico diferente. Na verdade, Snyder e Tynion IV mostram que estão preparados para lidar com um elenco grande e de peso nessa história, pois o lanterna verde Hal Jordan é convocado pelo guardião do universo Ganthet para investigar algo estranho e misterioso em um setor da Terra. A localização exata? A Batcaverna! Lá, habitada naquele momento apenas por Duke Thomas, Jordan descobre o Coringa em uma outra Batcaverna, escondida, por um portal, dentro da Batcaverna original – coisas do Batman de Snyder.
Esse Coringa parece saber muita coisa sobre o metal enésimo e os mistérios dos Gaviões e do Multiverso Sombrio. Parecia que ele estava relacionado àquela história dos três Coringas que Geoff Johns plantou na edição especial do Renascimento, mas não é o caso. Snyder contou em entrevistas que o papel do Palhaço do Crime aqui tem mais a ver com sua habilidade de narrar e explicar a obsessão do Batman com artefatos que remetam imortalidade. O tema não poderia ter mais a ver com Snyder, cuja passagem pela mensal do Morcego revelou o Coringa clamando imortalidade e Bruce Wayne usando o metal dionesium para ressuscitar os dois após suas mortes. O elemento é referenciado na conversa entre Jordan, Thomas e Coringa, inclusive.
As perguntas que ficam são: quem é esse Coringa? Será que é do Multiverso Sombrio? Uma anomalia cósmica?
Enquanto isso não é resolvido, podemos curtir a presença de outros personagens e easter eggs que deixam claras as ramificações que Noite de Trevas – Metal terá quando acabar:
- Os Renegados: Descobrimos que eles existem neste universo pós-Renascimento, agindo como um time black-ops do Batman. Estão lá os membros da formação original, criada por Mike W. Barr e Jim Aparo nos anos 1980: Metamorfo, Raio Negro, Katana, Geoforça e Halo;
- Sr. Milagre e Sr. Incrível: Dois grandes personagens, de quem o Batman (e os autores, é claro) se aproveitam muito bem;
- Falcões Negros: Surgidos na Era de Ouro dos quadrinhos para batalharem na Segunda Guerra Mundial, esses pilotos foram revividos algumas vezes desde então, com destaque para a Lady Blackhawk (que é mencionada aqui). Sua aparição mais recente foi em Grandes Astros: Batman, de Snyder, onde eles não estavam lutando de verdade (ainda que sua verdadeira motivação seja misteriosa). O Batman não parece nada feliz com os ataques secretos contra ele recebidos do grupo.
Outra coisa bacana são as tribos, representadas na HQ por suas iconografias. As três tribos existentes no Universo DC (lobo, urso e gavião) ganham uma quarta, a do morcego, referenciando mais uma vez o trabalho de Grant Morrison – deve-se destacar também que os lobos produziram Anthro, o primeiro garoto da Terra, e que esse clã também era o lar do famigerado Super-Chefe (lembram dele?). A tribo dos pássaros tem ligação tanto com Carter como com a Corte das Corujas, reforçando o laço dessa simbologia com o Batman. Os Imortais vieram da tribo dos ursos.
Como tudo isso é representado em um passado longínquo, nos lembramos automaticamente de quando, na Crise Final, Bruce Wayne voltou ao passado, na alvorada da humanidade, e deixou sua marca pelas cavernas.
Notem também a linguagem utilizada na HQ. Snyder e Tynion fizeram questão de utilizar palavras como “negro”, “trevas” e “sombrio” sempre que fosse cabível. Isso serviu para acrescentar atmosfera à história ao mesmo tempo em que presta respeito à natureza do protagonista e deixa todos preparados para a chegada do tal Multiverso Sombrio.
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