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Fim de Semana Semanal: Batman Rumo à Eternidade Partes 25 e 26
Fonte: Terra Zero
Batman Eternal recebeu em suas duas últimas edições o desenhista convidado R.M. Guéra, um artista sérvio que ficou muito conhecido dos leitores de quadrinhos americanos por seus trabalhos em “Escalpo” (Vertigo). Nos roteiros está James Tynion IV, que já escreveu outros arcos desta saga e mantém o ritmo intenso da série nestas duas edições. O objetivo do autor aqui foi pegar os principais eventos anteriores à saga dentro da família do Batman e utilizá-los como mote para que ela voltasse a se unir por um bem maior, colocando suas diferenças de lado e unindo suas forças para fazer o necessário. Num rápido retrospecto é possível lembrar que o caso com o Coringa na história “Morte da Família” foi devastador para toda a família Batman, deixando os pupilos do Morcego desconfiados de seus métodos e duvidosos quanto a permanecerem unidos com ele. Todavia, Tynion IV provoca os eventos corretos para fazê-los se unirem de novo e a história ganha bastante força com isso.
Fica claro durante os dois capítulos que Jason Bard está agindo a mando de Silêncio no Departamento de Polícia de Gotham. A influência do vilão é tão grande que mesmo que Batgirl e Capuz Vermelho tenham conseguido provas para inocenter James Gordon, ele continua preso e não há o que ser feito no momento. Batman e Silêncio têm um embate verbal importantíssimo para a trama, embate esse que serve também para provar a importância deste vilão para a mitologia moderna do Homem-Morcego. No entanto, o plano de Silêncio é de uma abrangência invejosa e de uma capacidade tática impressionante. O Batman cai em seus truques e fica realmente difícil saber como e quanto a captura será feita.
Enquanto isso, Robin Vermelho e Harper Row mantêm-se na ativa fazendo a coisa certa. O mesmo vale para Jason Todd e Batgirl. Todos os quatro estão espalhados pela cidade e se unem – com exceção de Harper, que ainda não é parte da família – para ajudar o Batman quando um ataque de Silêncio derruba o prédio em que o herói estava. Todos se reúnem em seguida na caverna com Julia Pennyworth e este é o momento mais importante das duas edições escritas por Tynion IV. É lá que algumas diferenças entre eles são resolvidas, que laços são refeitos e, principalmente, que a filha do internado e ferido mordomo de Wayne entende a importância destes heróis. Ela começa, a partir deste momento, a trilha seu próprio caminho, dando a entender que no futuro pode ser uma aliada valiosíssima para o Batman.
Falando em Alfred, ele permanece internado, e as visitas que recebe dos heróis também geram momentos importante para a trama. Primeiramente ele recebe Robin Vermelho, Capuz Vermelho e Batgirl e fica claro nas conversas entre eles que há uma tensão entre estes dois últimos graças aos eventos anteriores passados no Brasil. Não fica claro que ambos tiveram algum tipo de relação além da parceria como vigilantes, mas Tynion IV deixa isso no ar. Em seguida, Alfred é visitado por sua filha e pelo Batman, que conta a ela sobre o passado de Silêncio e sua destruída amizade com Tommy Elliot. Elliot, aliás, visita o hospital em que Alfred está e libera para jogá-lo no poço do Asilo Arkham bem nas mãos da Filha do Coringa. Lá também estão, como visto em edições anteriores, Batwing e Espectro. Logo, é de se esperar que grandes momentos aconteçam por lá nos números seguintes de Batman Eternal.
Destaque neste momento para as cenas de flashback dedesenhadas por Juan Ferreyra, todas muito bonitas e bastante estilizadas para parecerem momentos passados numa narrativa visual, com um jogo de cores interessantíssimo feito por ele.
Salteadora é citada brevemente na trama, sendo surpreendida junto com leitores ao saber que se tornou alvo de mercenários ligados ao próprio pai. Como revelado em edições anteriores, o Mestre das Pistas, preso por ela, tem ligações com Silêncio. Este, por sua vez, queria ela morta de todas as formas. Sabendo da incopentência do pai dela, o temível vilão tratou de colocar pessoas na rua para acabar de uma vez por todas com a jovem vigilante.
James Tynion IV mostra-se mais uma vez como um escritor muito competente para a série. Seus roteiros não são muito inventivos, mas seguem à risca a cartilha narrativa com as doses certas de ação e curvas dramáticas instigantes. R.M. Guéra é um grande artista, com um estilo muito singular. Seu traço destoa totalmente do resto da série e certamente deixará alguns leitores de nariz torcido, mas nada disso impede que sua colaboração seja muito valiosa para a publicação, mais ainda se for levado em conta o fato de que ele raramente colabora com revistas mainstream desta forma.
Nota 8/10.
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