Arte de: Greg Capullo, Jonathan Glapion.
Capas por: Greg Capullo, Andy Kubert, Jim Lee, John Romita Jr.
Sinopse: Em sua obsessiva busca por desvendar os segredos por trás dos
misteriosos metais alienígenas, Batman bate de frente com seus amigos da
Liga da Justiça, utilizando todos os seus recursos (e aliados!) para
alcançar seu ainda enigmático objetivo. No entanto, dessa vez o sucesso
do Homem-Morcego pode significar o início do fim para a humanidade!
O que é bacana na aventura principal é que ela mantém o clima de história de detetive enquanto pende mais para a aventura. Contudo, isso a fez perder um pouco do caldo cronológico – e até dramatúrgico – visto na edição anterior. O que não significa que este segundo capítulo seja ruim. Na verdade, ele só carece de um pouco mais de aprofundamento. Como muita coisa precisa acontecer aqui, Snyder e Capullo narram tudo com muita velocidade. Sendo assim, o nível de “suspensão de descrença” do leitor precisa maior que normalmente é em história envolvendo o Batman.
Por outro lado, é verdade que Snyder e Capullo estão fazendo jus ao título da minissérie. Nada que a dupla criou é tão “barulhento” quando Noite de Trevas – Metal. Isso é reforçado pela luta contra o tempo enfrentada pelo personagem principal e o senso de urgência de suas atitudes. Aliás, vale destacar que entre essas atitudes está enganar toda a Liga com os aliados da Batfamília e tecnologia de disfarce. Puro Batman de Scott Snyder.
Mas apesar de tudo que foi comentado, a coisa só funciona mesmo porque Greg Capullo está cuidando da arte. Após tantos anos de experiência com o Homem-Morcego, ele consegue ir do cartunesco ao grotesco com facilidade tremenda. Portanto, é perfeito para abordar todas as facetas dessa história de verão que Snyder bolou para encerrar sua passagem pelo Batman.
Agora vamos às referências (com a numeração da Panini):
9-Krona! Ele surgiu na Era de Prata dos quadrinhos, mais exatamente em 1965 (Green Lantern #40). Foi criado pelos lendários John Broome e Gil Kane. Em sua primeira história, descobrimos que o cientista oano criou uma espécie de visualizador temporal para testemunhar a origem do universo. Através dele, Krona pôde observar a criação de diversas galáxias. Contudo, além de provocar uma catástrofe ambiental, Krona liberou uma série de males pelo universo, obrigando os oanos (que se sentiram responsáveis) a criarem polícias galáticas para combatê-los.
Na Crise nas Infinitas Terras, de 1985, criada por Marv Wolfman e George Pérez, descobrimos que as ações de Krona provocaram repercussões ainda piores. Criaram o Multiverso infinito, um universo único de anti-matéria e seus avatares, Monitor e Anti-Monitor. Este último figurou em diversas aventuras recentes escritas por Geoff Johns, que adora o personagem. Já o Monitor foi transformado em plural, fazendo com que o monitor mais importante seja Nix Uotan.
O CBR levantou uma teoria interessante sobre o Multiverso de Trevas. Está relacionada ao Multiverso inicial proposto por Wolfman na primeira Crise. Nas palavras deles:
Se o Multiverso de Trevas é o equivalente da matéria escura do universo que conhecemos, deve ser pelo menos tão antigo, senão mais antigo, que nosso universo. Portanto, quando a experiência de Krona aconteceu, todos esses efeitos extraíram algo do Multiverso de Trevas. Isso tornaria o infinito Multiverso um microcosmo, digamos assim, do potencial infinito do Multiverso de Trevas. Por extensão, o Universo de Antimatéria seria uma imitação barata desse potencial – e isso significa muita coisa.
18-A fraternidade entre Batman e Superman. Essa parte pode parecer um pouco confusa, principalmente para quem não acompanha as revistas mensais do Homem de Aço. Recentemente, um arco saiu no Brasil com o título de Superman Renascido. Nele, foi restabelecido que o antigo Superman pré-Novos 52 foi o único que existiu. Tal mudança se espalhou por toda a cronologia, apagando quaisquer memórias que personagens do UDC tinham do Superman anterior. Portanto, para todos os efeitos este é o único Azulão que existiu.
19-21-A Tribo de Judas e os Metais. A Tribo de Judas são os morcegos, que vieram da Tribo dos Pássaros. Falamos um pouco sobre isso na análise do número anterior. Como o Batman (na verdade o Cara de Barro se passando por ele) explica, nos últimos anos ele foi exposto a electrum, dionísium, promécio e metal enésimo. O promécio é um caso à parte, pois ele existe no mundo real (Pm, nº 61 na tabela periódica), mas não tem a mesma aplicação no Universo DC. Wolfman e Pérez estabeleceram em Novos Titãs, em 1981, que a versão manufaturada do metal era regenerativa e fonte de energia. Facilitou até a armadura do Cyborg. Batman está temendo “O Manto”, ou seja, a exposição ao último metal, que fará ele ser trocado de realidade por suas versões malignas do Multiverso de Trevas.
22-23-Kendra e Vandal Savage. Naquele belo capacete de Darth Vader, tão icônico lar da Legião do Mal, Kendra e Savage trocam favores. Ela não está nada confortável com isso, mas detalhes maiores disso devem se desenvolver mais adiante. Fiquemos ligados.
24-Reparem nas mãozinhas heavy metal do pequeno Darkseid \o/
24-30-Vamos falar de geografia? O Vale dos Reis e a Pirâmide de Gizé estão separados por cerca de 640 km. Portanto, Snyder deu uma baita repuxada na realidade aqui para fazer dois lugares tão importantes servirem à sua narrativa. De qualquer forma, esses não são os maiores destaques deste último trecho de história.
Noite de Trevas – Metal não está utilizando apenas elementos antigos da cronologia da DC, mas os recentes também. A presença do bebê Darkseid ali é uma das maiores provas disso. Quando Darkseid e o Anti-Monitor se enfrentaram antes do início do Renascimento, ambos morreram, o senhor de Apokolips voltou. Na verdade, ele nasceu como filho da Superwoman da Terra 3 (a versão má da Mulher-Maravilha) e de Mazhas (versão má de Shazam), tornando-se o Bebê Darkseid graças à influência de Graal. Pois é, coisa de novela mexicana.
Sobre o Gavião Negro ter enfrentado Barbatos no passado? Não temos referências reais disso no Universo DC até agora. Vamos esperar a própria Metal revelar isso.
Strigydae é um nome científico para “corujas de verdade”, que, segundo a santa Wikipédia, existem em quaisquer continentes, menos na Antártica.
Nas últimas páginas acontece o que o Batman mais temia: ele é trocado pelas versões malignas suas, os Cavaleiros das Trevas. São formados por mesclas dele com Mera/Aquaman, Apocalypse, Cyborg, Coringa, Mulher-Maravilha, Flash e Lanterna Verde. A partir de agora vamos conhecê-las!
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