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quinta-feira, 31 de março de 2016

BATMAN REBIRTH #1

O escritor da mensal do Batman até aqui, Scott Snyder, reúne-se com a estrela em ascensão Tom King, que seguirá com a revista depois daqui. A arte é de Mikel Janín. Na edição, antes de encarar o novo herói Gotham, o Homem-Morcego precisa lidar com o Homem-Calendário!

Batman: Rebirth #1 | Crítica

       
Scott Snyder passa o bastão em edição que ainda tem cara de entressafra

Fonte: Omelete

Depois de duas edições para tapar buraco, a 51 e a 52, que vieram com histórias casuais depois do desfecho apoteótico do arco "Superheavy" em março, a série mensal de Batman recomeça nesta primeira semana de junho com numeração zerada, mas o tom de entressafra ainda não se dissipou, embora Batman: Rebirth #1 apresente premissas que obviamente se desenvolverão no futuro.
Deve ficar claro nas próximas semanas que a reformulação Rebirth da DC Comics não mexerá demais nos times que estão ganhando, embora a maioria das séries tenha novas equipes criativas. Isso é latente em Batman: Rebirth #1 em dois pontos: o ex-roteirista da série, Scott Snyder, ainda assina o roteiro, ao lado do seu novo substituto, Tom King, para demarcar bem a passagem do bastão; e também na quantidade de referências a eventos recentes (os esporos de Mr. Bloom, a mão de Alfred decepada pelo Coringa, os pais de Duke e o convite ao novo (ex?) Robin).
Ou seja, Batman: Rebirth #1 é menos uma edição para atrair novos leitores do que uma HQ planejada para não afastar quem acompanhava o bem sucedido trabalho de Snyder à frente do título.
Um traço de estilo de Snyder, aliás, o uso de metáforas e a tendência ao "literário", marca presença de leve nesta edição. Ao tornar o Homem-Calendário o breve vilão da vez (numa releitura bastante interessante do personagem e dos seus poderes, que podem no futuro realmente distingui-lo de outros psicopatas monotemáticos da galeria de Batman), Snyder e King fazem da transição e da troca de "temporadas" o próprio tema da HQ. A edição chega ao fim antes que a brincadeira metalinguística se estique demais.
O que mais chama atenção na edição, porém, e que a distingue do teor que acompanhávamos nas histórias de Snyder, é o tratamento de Batman como um humano o mais próximo do super-humano possível. A noção de que, ao passar pelo reboot físico que devolveu sua memória em "Superheavy", Bruce Wayne recuperou toda a saúde perdida ao longo dos anos de combate ao crime é explorada ao máximo em Batman: Rebirth #1: ele se sujeita a descarga de eletricidade, exercita-se fazendo barra num heliponto, e mergulha sem equipamento no gelo.
É como se esse novo Batman estivesse menos numa jornada contra o crime e mais numa jornada contra a morte, testando os limites do seu corpo como nunca. Essa noção do super-herói com tendências suicidas nunca fica muito de escanteio nas histórias do vigilante, e o próprio Scott Snyder nos lembrava, sempre que mostrava seu mordomo Alfred resignado, dos preços que essa autopenitência exige. Mas, ao mesmo tempo, Batman nunca pareceu tão disposto a flertar com o risco quanto agora, e essa premissa pode, nas mãos de Tom King, se tornar algo particularmente empolgante.




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