O Arqueiro Verde será traído pelas pessoas mais próximas a ele. Uma complicada relação com a Canário Negro forçará Ollie a confrontar o fato de que não dá para lutar contra “o cara” se você for “o cara”. Ele será abandonado por seus amigos e não há dinheiro no mundo que os trará de volta. No final do primeiro arco, o status quo de Oliver será mudado e suas escolhas como super-herói nunca mais serão as mesmas.
[Review] Green Arrow: Rebirth #1, de Percy e Schmidt
Fonte: Terra Zero
A primeira semana de títulos da iniciativa Rebirth da DC Comics trouxe muitas novidades dentro das revistas. Porém, a história que mais agradou os fãs foi a do Arqueiro Verde – as mais de 90 mil unidades vendidas do quadrinho comprovam. A HQ, escrita por Ben Percy e com arte de Otto Schmidt, consegue, em 32 páginas, lembrar o motivo do herói esmeralda ser tão amado pelos leitores da editora.
O gibi abre com uma narração do personagem título explicando como é sua vida e sobre como divide sua vida entre ser playboy de dia, dono de uma grande empresa, imbuído em causas sociais e combatente do crime em Seattle à noite, como um autodenominado Guerreiro da Justiça Social.
O fio condutor da trama é explorada a partir das pessoas que estão desaparecendo na cidade. O Arqueiro Verde vai ajudar uma criança que havia perdido a mãe e acaba se deparando com a Canário Negro. A partir deste ponto a história cresce, pois juntos os heróis se unem para proteger o garoto e leva-lo em segurança para o seu pai. Entretanto, durante a posterior viagem para resgatar a mãe do garoto, eles acabam se encontrando com os homens do subsolo e seus financiadores.
O Rebirth prometia levar os personagens para seus formatos de maior sucesso. Nesta edição, Ben Percy conseguiu essa proeza com grande facilidade. O leitor abre a HQ e consegue reconhecer aquele Arqueiro Verde que aprendemos a admirar em histórias como Lanterna Verde/Arqueiro Verde, Caçadores, Espirito da Flecha, Crise de Identidade, Busca, e até na animação Liga da Justiça sem limites.
O adendo da Canário Negro na história é de suma importância. A personagem, que passou os cinco anos dos Novos 52 meio perdida, apesar de um grande título solo durante o DC You, cai como uma luva na história do Arqueiro mais politizado. Dinah serve como uma consciência extra para Oliver Queen, mostrando para ele como muitas vezes o herói é um hipócrita em suas escolhas.
A trama pega carona em histórias de terror – o forte do escritor, já que Percy é conhecido por seus vários livros com essa temática. O roteirista, que já vinha trabalhando com o personagem desde a edição #42 da revista anterior, tem a missão de fazer o Arqueiro Verde evoluir, deixando de ser o garoto rebelde para se transformar em um homem de ético e boa índole para defender os fracos e oprimidos da sua cidade. Os diálogos entre Dinah e Oliver estão bem escritos. O escritor conseguiu com facilidade emular as personalidades que estamos acostumados a ler nessa dupla. O Arqueiro que se preocupa com todo mundo, amável e tagarela; e a Canário Negro com senso de justiça, porradeira e esquentada.
A arte de Schmidt está bem fluida, seus desenhos encaixaram muito com aura da revista do Arqueiro Verde. Existem pequenos escorregões na em alguns quadros, porém nada que atrapalhe a leitura. O artista conseguiu criar boas ambientações e as cenas de ação tem boas construções. O que não agradou foi capa variante de Steve Skorce – uma das mais feias que foram veiculadas nessas edições Rebirth.
A grande prova que a nova revista do Arqueiro Verde foi um grande sucesso é sua vendagem. O título conseguiu vender 90 mil copias e está indo para segunda reimpressão dessa edição especial.
Green Arrow: Rebirth #1 foi a melhor edição da primeira semana dessa nova fase da DC Comics. O Arqueiro Verde não tem nenhuma inovação, e até porque, o personagem nunca precisou ser modernizado. O herói esmeralda sempre vai ser moderno enquanto houver desigualdade na nossa sociedade e governantes corruptos.
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