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terça-feira, 17 de maio de 2016

SUPERWOMAN #1


[#Review] Superwoman #1

Fonte: Terra Zero

Superwoman é uma das novas revistas da renovada família Superman na fase Rebirth da DC. Enquanto se perderam as revistas Superman/Batman e Superman/Mulher-Maravilha, foram incorporadas à família editorial New Super-Man, o revamp de Supergirl e esta Superwoman. A revista, escrita e desenhada por Phil Jimenez, tem arte-final de Matt Santorelli e cores de Jeromy Cox.
A história traz o aparecimento da Supermulher, que é ninguém menos do que a Lois Lane dos Novos 52. Ela estava ao lado do Superman desta realidade quando ele morreu em Superman #52, e o raio que dele saiu lhe conferiu os poderes kryptonianos clássicos. Por que clássicos? Porque, junto com ela, estava a melhor amiga daquele Clark Kent, Lana Lang. Ela também foi trespassada por um raio e digamos que os leitores dos anos 1990 vão identificar o que “poderes não clássicos do Superman” querem dizer…
A saída de roteiro de Jimenez é inteligente. As habilidades de manipulação e conversão de energia que Lana adquiriu já foram possuídas por algum tempo na continuidade anterior pelo Superman que hoje estrela a revista solo do personagem – e também já foram, presumidamente, usadas pelo Kal-El dos Novos 52, conforme Grant Morrison colocou, na forma de easter egg, em uma edição de sua Action Comics, ainda em 2012. Assim, a utilização de Lana Lang como “Superwoman elétrica” não é apenas uma chamada saudosista programática da iniciativa Rebirth, mas também uma referência a algum ponto dos cinco anos de cronologia deste mundo que não apareceram nas revistas do universo reiniciado em 2011.
Ambas, uma ajudando a outra, contêm um ataque a uma estação de batalha que está sendo inaugurada por Lex Luthor. Chamado de Gestalt, o porta-aviões fica no meio de Metrópolis, e coloca à disposição de um exército pessoal o melhor que a Lexcorp poderia produzir em termos de tecnologia militar. O ataque é orquestrado pelo que parece ser a Supermulher da Terra-3, do Sindicato do Crime mostrado em Vilania Eterna, e alguém com olhos vagamente reptilianos, e vem de dentro da própria base. Ao atacarem a fonte do problema, Jimenez traz a maior reviravolta em uma revista #1 nos últimos anos da DC, e deixa os leitores se perguntando o que realmente acontecerá na próxima edição.
Impossível discordar que este é um bom começo para Phil Jimenez. Após passagens apagadas em revistas da Marvel como Angela: Asgard’s Assassin, o roteirista e desenhista juntou referências que vão dos anos 90 à Era de Prata, a cronologia dos Novos 52, diálogos que remetem ao pré-Flashpoint em termos de qualidade, e uma história que une duas mulheres para cuidarem do mundo – e também uma da outra. Podem ter unido seus caminhos por causa do falecido amigo, mas o objetivo delas é seguir em frente.
O californiano também desenha muito bem a primeira edição: boas expressões faciais, detalhamento na medida certa e diagramação de poucos malabarismos. A arte-final de Matt Santorelli complementa o tom que lembra quadrinhos de outrora com linhas grossas onde possível, mas sem atrapalhar o trabalho de Jimenez. Jeromy Cox faz algo semelhante ao trabalhar com sombras e luzes sem tantos tons diferentes, enquanto mantém a coerência e consegue dar um ajuste fino na coloração dos efeitos da Superwoman Elétrica.
Superwoman #1 é um ótimo conjunto. Tem elementos para novos e velhos fãs, o senso de cronologia esperado de Rebirth, e uma estrutura digna de episódio de Game of Thrones, com tantas reviravoltas quanto possível. Mesmo com os spoilers daqui, não se engane – esta NÃO é a revista que você espera ler. É por isso que, até agora, pode ser considerada a maior surpresa da DC nesta nova fase.
Lançado no Brasil em dezembro de 2017.

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