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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

DC NATION #0

[#DCNation] Saibam tudo sobre o futuro da DC em DC Nation #0!

Fonte: Terra Zero

Três histórias, três equipes criativas e uma infinidade de propostas diferentes. Assim foi DC Nation #0, lançada semana passada pela DC em todo o mercado ao preço de apenas US$ 0,25 (na versão impressa). A versão digital, distribuída pelo Comixology e outras plataformas, foi disponibilizada gratuitamente para o mundo todo.
O objetivo desta revista é situar os fãs acerca do que vem por aí nos próximos meses de 2018 para o Universo DC. No entanto, nada foi dito sobre o suposto DC Fresh Start nesta publicação; por enquanto, os temas tocados foram: o casamento de Batman e Mulher-Gato, a chegada de Brian Michael Bendis às revistas do Superman e o futuro da Liga da Justiça nas mãos de Scott Snyder.
Engana-se, porém, quem acha que as três histórias são prólogos bombásticos do que está por vir. Muito pelo contrário. Apesar de a história da Liga da Justiça (de Scott Snyder, James Tynion IV, Joshua Williamson, Jorge Jimenez e Alejandro Sanchez) ter uma tonalidade épica graças a sua natureza, as outras duas têm como objetivo situar levemente o leitor para o que está por vir. São prólogos, mas cada um ao seu estilo.
Portanto, sem mais delongas vamos falar de cada um deles – e atenção: há spoilers sobre todas as histórias de DC Nation #0 a partir daqui!
Para alguns, a melhor ou a segunda melhor história da revista, o interlúdio com o Coringa contado por Tom King, Clay Mann e Jordie Bellaire choca pela reviravolta satisfatória de um suspense bem construído. King utiliza-se das altíssimas qualidades artísticas de Mann, que começou sua carreira na DC fazendo capas para revistas do Batman, para contar a história do Coringa esperando o convite do casamento do Batman na casa de um qualquer.
Fazendo uso de pausas inoportunas e piadas com trocadilhos sem nexo, King faz o leitor temer, respirar e rir enquanto observa as atuações desconexas do serial killer mais famoso dos quadrinhos. Curiosamente, tudo acontece durante o dia, explorando melhor a paleta de cores de Bellaire e dando uma tonalidade absolutamente diferente para uma história do Batman – ou do universo dele, no caso.
Portanto, com páginas compostas, em sua maioria, pela grade clássica de nove quadros, King, Mann e Bellaire transmitem a ansiedade e o terror da pessoa que está com o Coringa em casa sabendo que vai morrer mais cedo ou mais tarde. E é claro que esta morte chega, de um jeito muito surpreendente. Novamente, vale reforçar que as cores de Bellaire ajudam a realçar a normalidade de uma situação traumática. O contraste entre eventos reais e aparências é perfeito para ilustrar a mente insana do maior vilão do Homem-Morcego – e para preparar os fãs para o fato de que essa união entre Batman e Mulher-Gato talvez não seja nada do que se espera.
Não é certo de que Batman e Mulher-Gato conseguirão casar, tampouco se permanecerão casados. E o Coringa fará de tudo para atrapalhar.

Infelizmente, uma história tão interessante como a de King é seguida pelo material mais fraco da revista. Bendis ainda não achou o tom de seu Superman, mostrando um Homem de Aço omisso, perdido e muito parecido justamente com a caracterização que ele parece querer criticar na história com as falas de Perry White: o de Zack Snyder. Muito se fala na HQ sobre noticiar o que o Superman faz de verdade em vez de dizer o que ele “deveria ou não fazer” (algo que acontece muito em Batman vs Superman – A Origem da Justiça). Contudo, as próprias atitudes do Homem de Aço são pouco mostradas na história, cuja caracterização de Clark Kent deixa muito a desejar.
Perry White, aliás, está muito parecido com J.J. Jameson. A caracterização do personagem parece não combinar com quem ele foi por todos esses anos. O sumiço da esposa e do filho de Clark e a apresentação de uma misteriosa repórter que está com planos sinistros de dominar o Planeta Diário só prova uma coisa: Bendis está fazendo as coisas no “bendis-way”. Ou seja, ele parece estar fazendo algo que comumente faz quando assume um título novo, que é desconsiderar boa parte do cânone e edificar uma história a longo prazo com seus próprios elementos.
O autor deve muitas explicações sobre o caminho que está seguindo. O desaparecimento de Lois Lane e Jonathan Kent precisarão de respostas muito em breve. É esperado que elas comecem a chegar em The Man of Steel #1, que sai no dia 30 deste mês.
José Luis García-López provê uma arte muito boa, mas falta uma distinção melhor entre as características faciais cada personagem. Parece que ele teve pouco tempo para desenhar do jeito que sabe, o que é uma perda irreparável.

Por fim, Liga da Justiça! O pessoal por trás do evento Metal se reúne com outros membros do elenco de profissionais da DC para introduzir o que começa nesta semana: No Justice, a série semanal em quatro edições que expandirá a mitologia da Liga da Justiça dividindo o grupo em diversas equipes diferentes. É verdade que nos anos 1990 o time passou por algo parecido, quando estava dividido entre América, Internacional, Extrema e Força-Tarefa. Contudo, agora as coisas têm escalas muito maiores que as de 25 anos atrás.

Jorge Jimenez transforma em artes magníficas (com apoio das belíssimas cores de Alejandro Sanchez) as loucuras do roteiro, que mostra nada menos que cinco times da Liga em ação (quatro no espaço e um na Terra, cuja formação completa ainda é misteriosa). Cada um tem uma natureza. Juntas, todas essas equipes formam uma grande brincadeira em que a ameaça é real, mas que transborda divertimento para o leitor. Ou seja, a introdução ao que vem por aí é maluca, mas funciona muito bem, pois os indícios de ficção científica, horror e suspense que virão por aí mostram a diversidade de conteúdo que as múltiplas equipes de Liga da Justiça oferecerão daqui por diante.

O contexto é bem claro: ao final de Metal houve um rompimento na Muralha da Fonte, abrindo espaço para ameaças cósmicas que o Universo DC nunca viu antes (e que se parecem muito com os Celestiais da Marvel). Será necessário que esses times, que possuem natureza científica, mística, espacial e guerreira unam esforços para impedirem que estas quatro entidades ameacem o Multiverso para sempre. É uma adição interessante aos cantos especiais do Universo DC, que deve crescer bastante a partir da minissérie No Justice, cuja primeira edição sai nesta próxima quarta-feira. Ela é feita inteiramente por Francis Manapul e terá quatro edições semanais.

Portanto, a maioria dos medalhões e de outras personagens secundários (mas muito queridos) do Universo DC estará bem ocupada nesta saga, que promoverá o nascimento das equipes Justice League Odyssey, Justice League Dark e, claro, da equipe principal.


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