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Roteiro: SCOTT SNYDER, JAMES TYNION IV, JOHN LAYMAN, RAY FAWKES e TIM SEELEY
Arte e Capa: JASON FABOK e TOMEU MOREY
Cores: BRAD ANDERSON
“Não ouse perder o início de uma história do Batman tão longa que vai precisar de todas as semanas do mês para contar! Um elenco massico dos melhores (e piores) de Gotham City examinam as relações entre o Batman, seus aliados e sua cidade. Nesta edição de início o Comissário Gordon é visto no lado errado da lei!”
Batman Rumo à Eternidade: Parte 1
Fonte: Terra Zero
[o artigo abaixo contém "spoilers"]
Nota do editor: a partir desta quinta-feira o Terra Zero começa a fazer suas resenhas semanais de “Batman: Eternal“, a nova publicação do Homem-Morcego que terá edições publicadas a cada quarta-feira durante um ano todo. Esta é a quinta iniciativa da DC Entertainment nesta formato nos últimos 10 anos, sendo, respectivamente, “52″, “Contagem Regressiva”, “Trindade” e “Wednesday Comics” (inédita no Brasil), as quatro anteriores.
Finalmente “Batman: Eternal” começou. A série é uma das publicações mais aguardadas da DC para este ano e sua edição de estreia trouxe eventos bombásticos logo de cara. Para quem está pegando o bonde andando, vale uma explicação.
“Batman: Eternal” é uma série semanal que faz parte da comemoração de 75 anos do Batman. Em seu comando estão os escritores Scott Snyder e James Tynion IV, ambos recebendo ajuda de Tim Seeley, Ray Fawkes e John Layman. Ao todo a história lidará com uma temática bastante diversificando, tocando em temas como a constante ascensão do crime em Gotham City, vilões mais reais, vilões sobrenaturais, corrupção dos poderes e, claro, com o próprio super-heroísmo em si em momentos bombásticos. E foi exatamente com algo explosivo que a série começou.
Num roteiro claramente comandado por Scott Snyder devido ao estilo narrativo e acontecimentos bombásticos, a edição de estreia começa mostrando porque o Comissário Gordon estará em maus lençóis no começo da saga. Ao perseguir o Professor Porko e seus asseclas junto ao Batman, Jim Gordon atira para desarmar um homem no túnel do metrô. Todavia, o policial fora enganado por uma visão sobrenatural; o homem não estava armado e o tiro atinge uma caixa de controle de trilhos, impedindo o desvio de trens que passavam em direções opostas. Os trens batem de frente em altíssima velocidade, causando a morte de centenas de pessoas.
O choque deste acontecimento é o que fisga o leitor de primeira. No começo e no fim da edição há referências a um futuro possível para Gotham City no qual Bruce Wayne queima crucificado após perder a batalha pelo balanço da justiça na cidade. Todavia, o que realmente chama a atenção do leitor é a velocidade da narrativa e o nível trágico dos acontecimentos. Fazia tempo que algo tão grande não acontecia em Gotham e isso por si só já é um mérito para uma boa edição de estreia de uma nova série.
A arte de Jason Fabok está afiadíssima, aumentando em pelo menos 50% a graça de acompanhar esta história. Todos os seus personagens são desenvolvidos com particularidades, fazendo com que cada um tenha sua própria identidade e imponha seu devido respeito no visual das páginas. Isso sem falar dos grandes e detalhadas cenários e da própria dinâmica narrativa que o desenhista possui, com composições de páginas comuns, mas eficazes e intuitivas.
No geral, “Batman: Eternal” teve um bom começo. Fica claro que a história será contada com velocidade, o que indicaria um curto período de tempo entre seu começo e fim. Independente disso, se as próximas tiverem o mesmo esmero e qualidade da estreia, pode-se esperar mais um clássico instantâneo na vida do Morcego.
Nota: 8/10
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